domingo, 26 de julho de 2009

Para quê serve?



Tem certas coisas que existem apenas para aumentar as taxas do condomínio.
Eu pergunto ao caro leitor: Para quê serve o clube?
Apenas para que paguemos as taxas de manutenção!
Pode estar o calor que for que as pessoas não podem freqüentar sem virar alvo da fofoca semanal:
- “Vocês viram a Adriana? Ela foi ao clube todos os dias nessa semana! Por isso que a casa dela é aquela bagunça!”
- “E o Antonio, então? Essa semana foi 3 dias ao clube! Ou ele está de férias ou foi mandado embora do serviço. Deve estar desempregado o coitado!”
Você pode freqüentar o clube perto da sua casa, longe da sua casa, mas no seu condomínio não. Se freqüentar vira alvo de toda sorte de comentários.
A academia do condomínio então? Melhor passar bem longe!
Se está acima do peso:
- “Viram a Sílvia correndo? As celulites balançavam todas! Eu teria vergonha de usar aquela bermuda de lycra.”
Se está magra:
-“Vocês viram como a Silvia está magra? Será que está doente? Será que está com AIDS? Será que está em depressão?”
Se está “toda gostosa”:
-“Vocês a exibida da Sílvia? Se sentindo naquela roupa coladinha! Também, não tem filhos! Queria ver ela se manter assim depois de ter 3 filhos!”
Vejam o exemplo da pracinha. Todo mundo quando vai comprar a sua casa ou terreno escolhe o mais perto da pracinha o possível, mas depois que se muda começa a reclamar de tudo que acontece na praça:
- “Não dá para vocês jogarem bola sem gritar? Meu filho acabou de dormir!”
-“Essa iluminação noturna da praça bate bem na minha janela e não consigo dormir direito à noite.”
-“Não deveríamos estabelecer um horário para as crianças freqüentarem a pracinha? Fica essa gritaria o dia inteiro na porta da minha casa”.
-“Essas mães ficam com as crianças o dia inteiro na praça! Moram lá no final do condomínio e vem para cá fazer baderna. Por que não brincam lá na rua delas mesmo”.
Outra coisa que só serve para dar despesas e virar cabide de emprego é o porteiro.
A portaria do meu condomínio merecia uma CPI igual a do senado, pois o que tem de parente e amigo empregado é uma grandeza.
Responda-me, quem souber, para quê serve o porteiro?
Qualquer um que chegue com um buquê de flores dizendo que vai a determinada casa entra. Lógico que eles anotam o nome e o endereço da entrega, mas o sujeito mal intencionado não vai dar o seu nome verdadeiro, claro.
E se chegar alguém armado, então? O porteiro é o primeiro a ser rendido, logicamente.
Outra coisa imbecil e totalmente dispensável é o segurança desarmado que faz a ronda com um apito na boca. Cada rua que passa apita.
Não sei se é para avisar ao morador que ele está fazendo a ronda ou ao assaltante para que ande mais rápido ou para deixar para invadir depois que ele passar.
Outra coisa que poderia reduzir o custo do condomínio é a tal da churrasqueira comunitária.
Para usar tem que pagar uma taxa extra de limpeza (e não adianta prometer que vai deixar tudo limpinho depois), fica numa área aberta (a gente fica constrangido em convidar determinado morador e não convidar outros) e o cheiro da carne atrai todo mundo para a rua (você não sabe se come ou cumprimenta os transeuntes).
É desagradável colocar aquele pedaço de carne pingando sangue na boca e dar tchauzinho para quem passa!
Sem contar que sempre tem um engraçadinho para dizer que a sua picanha é acém na cerveja ou para fazer a piadinha imbecil do gato desaparecido.
Sem contar os vira-latas famintos que sempre aparecem. Você tem que abanar a carne e espantá-los. Depois de umas e outras você espanta a carne e abana os vira-latas.
Não entendo porque não colocam as churrasqueiras em locais mais reservados!
Para mim a coisa mais dispensável mesmo é a reunião mensal do condomínio, pois só serve para as pessoas reparem umas nas outras, juntar o maior número de pessoas para fofocar e para dizer que a taxa de manutenção vai aumentar.
Sem contar que essa reuniãozinha tem um custo: papel (para informar a nova taxa e porque), luz (gasta na utilização de microfones, iluminação extra...).
Realmente, se eu fosse síndica mandava esse povo se virar porque a mordomia ia acabar!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Não vou falar, não vou falar...falei!



Agora pouco estava lendo o que publiquei sobre o vídeo da Rita Lee, me deparei com o ano do meu nascimento e me lembrei de uma frase que um amigo sempre dizia: “Se uma mulher tem a coragem de dizer a sua idade verdadeira, corra dela, pois você deve imaginar que outras verdades ela é capaz de dizer”.
Parei para pensar e eu mesmo assim. Algumas vezes ouço as pessoas falarem errado (aqueles erros que chega a doer o ouvido), vejo certas coisas e digo para mim mesma: Não vou falar, não vou falar, quando eu vejo, já falei.
Já prometi para mim mesma que ia manter a minha enorme boca fechada, mas realmente não consigo. Isso me coloca em situações meio delicadas.
Estávamos sem muros em nossa casa e isso causava certo incômodo, pois todos que passavam na rua olhavam para dentro do quintal.
Todos os dias eu passava pelas ruas prestando atenção nas obras e analisando o “serviço” dos pedreiros antes de chamar um para trabalhar em nossa casa.
Pelas redondezas havia uma casa cujo muro era algo impressionante, pois, além de torto, era só a gente encostar nele ia para frente, mas ele voltava. Era o chamado “Balança mas não cai”.
Depois que uma vaca invadiu o nosso quintal, meu marido resolveu chamar alguém para fazer o muro.
Não é que ele chamou justamente o construtor do “Balança mas não cai”?
Cheguei em casa e lá estavam os dois medindo daqui e dali na maior empolgação. Entrei desejando uma Boa tarde, mas sem dar margem para participar da coisa.
Mas é lógico que tinha que fazer parte da coisa ou não conheço o marido que tenho?
Não demorou muito para ele me perguntar como eu queria o muro.
Cheguei ao local e fiquei pensando: Como alguém pode querer um muro?
Um muro leva um tijolo em cima do outro.
Como o Zé insistia na pergunta, tive que responder:
- Quero que muro seja reto e que não balance quando a gente encosta nele.
Foi o suficiente para o pedreiro sair falando mal de mim e até inventando coisas que não falei, embora tivesse vontade.
Numa outra feita, fui convidada para uma festa no condomínio. Assim que cheguei arrumei um grude que falava sem parar nos meus ouvidos. Lógico que desliguei e deixei a criatura falar, falar, falar.
Por mais que eu deixasse a fulana falando sozinha, tinha uma palavra que ela dizia que me deixava realmente muito irritada: POBREMA
Toda vez que ela falava POBREMA um sino tocava dentro da minha cabeça. O pior é que ela falava o tempo todo que o POBREMA, mas o POBREMA.
Eu mordi os lábios, arregalei os olhos, olhei para o lado, mas aquilo foi me irritando tão profundamente que não importava mais o que ela falava, eu só ouvia o tal do POBREMA!
Chegou uma hora que ela virou para mim e falou:
- Mas o POBREMA...
Nem deixei ela terminar a frase e sai logo dizendo:
- Então são dois: O problema em si e a palavra que você acabou de falar errado!
Sai da festa com fama de antipática.
A gente sabe que criança briga agora e daqui 5 minutos está brincando junto, mas morar em condomínio significa que se 2 crianças brigam você que torcer para um pai ou uma mãe não bater na sua porta.
Eu já tinha decidido que só aceitaria reclamações do meu filho se antes a pessoa enviasse a reclamação ao Vaticano e o próprio Papa mandasse seu aval, mas naquele domingo estava ouvindo o meu marido com um pessoal tão insistente do lado de fora que resolvi sair e perguntar:
- O que aconteceu?
Uma senhora, que mais parecia um botijão de gás com aquelas roupinhas que a gente compra no 1,99, me respondeu aos berros:
- Seu filho deixou o meu desmaiado!
- Como? – perguntei eu, bem assustada, pois meu filho é meio bruto e já vi isso acontecer uma vez.
Ela repetiu aos berros ao lado do marido e filha:
- Seu filho deixou o meu desmaiado no meio da rua!
Parei, olhei para a mulher, para o marido e para a filha e pensei: - Se meu filho tivesse desmaiado, seja lá por qual motivo fosse, primeiro eu socorria, depois eu via o resto.
Insisti na pergunta, só que de outra forma:
- Eu quero saber o que ele fez para deixar seu filho desmaiado.
Melhor que eu nem tivesse perguntado:
- Meu filho foi dar um chute no seu filho, ele segurou o pé dele e ele caiu no chão e bateu a cabeça.
Deve haver alguma coisa errada comigo, pois eu acho que meu filho apenas reagiu ao ataque.
Virei as costas e ia entrando quando a criatura resolveu me provocar:
- Vou dar parte do seu filho na polícia!
Desisti de entrar:
- Vai, minha filha, vai fazer um papel mais ridículo do que acabou de fazer aqui!
- Em primeiro lugar: se fosse o meu filho que estivesse desmaiado eu correria primeiro e depois via o que ia acontecer;
- Em segundo lugar: se o menino desmaiou na rua e você está aqui, seu marido está aqui e sua filha também, quem está tomando conta do desmaiado?
- Em terceiro lugar: pelo que entendi, seu filho tinha que chutar o meu e o meu deveria ter dado um beijinho nele?
- Em quarto lugar: os dois são menores de idade, se quiser ir a polícia vá. Se você quiser mesmo saber, seu filho é um ano mais velho que o meu e não culpa minha se ele é desnutrido!
Pronto! Criei mais uma inimizade, pois eu podia ter falado tudo, menos que o menino era raquítico!
Eu juro que tento não falar nada, mas o Zé costuma dizer que só a maneira como olho já fulmina as pessoas!
Fica difícil, pois se não posso falar, nem olhar para ninguém vou ter que morar numa ilha deserta!
Pensando bem, se morar numa ilha deserta, acho que até os peixes e plantas vão se incomodar com meus comentários fora de hora.

Amizade




Será que sabemos realmente o que é amizade?
Será que somo realmente dignos dela?
É muito difícil encontrar um amigo realmente fiel, mas quem tem um cachorro sabe o que é ter um amigo.
Falo de ter realmente um cachorro, não aquelas pessoas que pegam um cachorro e colocam no quintal para que ele “se vire” da maneira que puder. Isso não é ter um amigo, é possuir um animal.
Você pode até dizer que o alimenta bem, que paga “clubinhos e veterinários caros”, mas sinceramente você não tem um amigo.
Um cachorro te ama de maneira incondicional. Ele não se importa com a roupa que você está usando, se o seu cabelo está penteado, se o seu desodorante está vencido, se fala cuspindo, ele te ama e pronto. A única exigência que ele te faz é estar com você.
Você pode contar para ele todos os seus segredos que ele nunca irá usar isso contra você e ainda tem mais: Mesmo que você brigue com ele não haverá mágoas, nem ressentimentos.
Todos os dias quando acordo, o meu cachorrinho está esperando na sala. Ele pula tanto na cerquinha da sala que a sua alegria nos contagia!
Eu digo que ele parece até chefe de excursão, pois logo de manhã já está feliz!
Com uma diferença: É obrigação do chefe de excursão estar bem humorado de manhã, o cachorro não. Ele está feliz apenas por você existir.
Um cachorro é incapaz de te discriminar pela cor, idade ou situação financeira!
Eu costumo dizer que eu discrimino as pessoas segundo o julgamento do meu cachorro. Se ele não gosta de uma pessoa, eu também não gosto. Os cachorros conseguem identificar com clareza o caráter de uma pessoa e se ela não tem um caráter confiável, ele não gosta e pronto.
Lógico que a primeira coisa que meu cachorro faz quando vê uma pessoa estranha é latir, mas a única coisa que ele pensa é em nos proteger, mas após “uma bela cheirada” é capaz de classificar a aura da pessoa e enxergar além do corpo. Se meu cachorro continuar latindo e querendo atacar uma pessoa, não quero conviver com ela.
A única coisa que me incomoda em relação aos homens e os cachorros é que os homens discriminam os cachorros.
Os homens classificaram cachorros segundo características específicas e deram nomes e raças para os cachorros.
Eu me lembro de quando era criança e de como fiquei feliz em ganhar um cachorro! Esse cachorrinho não tinha raça, meus pais não deixavam entrar dentro de casa, mas era o melhor amigo da gente.
O Sheik parece que sabia a hora que a gente chegava do colégio, pois esperava no portão.
Ele jogava bola. Ficava no gol e defendia quase todas as bolas.
A coisa mais triste da nossa infância foi quando chegamos em casa e um vizinho veio nos dizer que abriu o portão para buscar a bola que havia caído em nosso quintal e o nosso cachorrinho fugiu e foi atropelado por um ônibus.
Minha mãe deixava o portão sem cadeado por cortesia, para que as crianças pudessem pegar a bola, caso ela caísse enquanto estivéssemos fora.
Acho que minha mãe também ficou triste com a morte do Sheik, pois daquele dia em diante passou a colocar o cadeado no portão, embora tivesse demorado um bom tempo até arrumar outro cachorro.
Lógico que eu tive muitos cachorros depois disso, mas eu só passei a entender o valor da amizade depois que me mudei para cá.
Quando eu cheguei aqui, me senti absolutamente sozinha, pois meus parentes moravam longe e poucas pessoas tinham coragem de se mudar para um lugar onde não tinha água nem luz. Mesmo as pessoas que tinham coragem de viver aqui eram pessoas completamente diferentes de mim. Pessoas quase sem instrução e que já estavam acostumadas com condições até piores.
Fiquei sem ter com quem conversar. As pessoas me achavam esnobes, apesar de viver em condições muitas vezes piores que algumas.
Eu não era esnobe, só não pertencia ao lugar.
Foi quando nasceu uma ninhada de cachorrinhos na entrada do condomínio e trouxe para casa uma cachorrinha preta e branca feia que doía!
Era o menor cachorro da ninhada, tinha os olhos meio tortos e esbugalhados, mas era a minha melhor companhia!
Como era muito pequena, colocamos o nome de Miúda. No começo ela dormia dentro de casa, mas a casa não tinha condições nem para a gente viver, quanto mais um cachorro, então a colocamos numa “casinha” no quintal.
Ela nos seguia pela estrada e acabou atropelada por um caminhão.
Tivemos outros cachorros, mas nenhum deles sobreviveu muito tempo, pois era tudo muito difícil até para a gente.
Para falar a verdade, nem sei como a gente sobreviveu à condições de vida tão ruins.
Eu já tinha desistido de criar cachorros, preferi gatos como companhia, pois são mais independentes e resistentes.
No ano passado a minha mãe me deu um cachorrinho que passou a viver dentro da nossa casa. Eu costumo compará-lo a um trevo de 4 folhas, pois depois que ele veio, nossa condição de vida melhorou muito.
No começo eu tinha um pouco de medo de me apaixonar por ele e ele não resistir ao lugar, pois criar um cachorro de raça num lugar onde a civilização está a 1000 metros de distância é algo meio complicado.
Fizemos um cercadinho de madeira e criávamos como se fosse uma criança. Lógico que cachorros aprendem a pular cercadinhos mais rápido do que crianças, pois eles não têm medo.
Dava pena quando ele vinha mostrar para a gente que ele sabia sair do cercadinho e a gente brigava com ele. A carinha de desapontado dele doía o coração. Logo tivemos que arrumar outra maneira de protegê-lo.
Em alguns aspectos, criar um cachorro é bem melhor do que criar um filho, pois um cachorro podemos evitar que saia, que se envolva com outros da mesma espécie, que coma o que não deve, mantemos seu pelo aparado do jeito que gostamos, etc...
Impossível manter uma criança como mantemos um cachorro.
O meu Juca faz malcriação eu brigo com ele, ele fica zangado e depois passa, as crianças ficam emburradas, gritam e depois é preciso comprá-las para restabelecer o diálogo.
Vi uma reportagem em uma revista esses dias em que o cachorro da capa tinha uma coleira com os dizeres: “Eu amo meu Humano”.
Achei a frase genial, pois algumas vezes eu sinto que eu sou o bichinho de estimação do meu cachorro!
Sério! A maioria das vezes sinto que é ele quem decide quando vai brincar comigo!
Agora estou aguardando a vinda do mais novo membro dessa família: Soffhy.
Meu marido a chama de “sofia da p...”, mas para nós é Soffhy!
Não consigo me segurar de tanta ansiedade de saber como o Juca vai reagir na presença de outro cachorro, já que ele pensa que é gente.
Mas de uma coisa eu tenho certeza: É que serei duplamente feliz.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Rita Lee

Quando eu vi esse vídeo eu não pude acreditar!

Eu sempre amei a Rita Lee pela sua irreverência.

Sempre que saía um disco novo eu era uma das primeiras a comprar.

Algumas vezes eu não compreendia muito bem o que ela queria dizer, pois a minha pouca idade não podia alcançar.

As suas músicas, que, para mim são pop rock e para outros era rock, sempre foram sempre tiveram o poder de trazer alegria, sempre fizeram parte da trilha sonora das novelas Globais e da vida da gente.

Apenas a imagem da Rita já é irreverência pura!

Sempre muito magra com seus cabelos vermelhos e um sorriso enorme na boca, já chocam qualquer desavisado!

Na estrada desde 1968, aliás, ano em que nasci, Rita Lee Jones de Carvalho, nos presenteou com inúmeras criações .

O vídeo faz parte do DVD lançado pela Multishow e é realmente irreverente e inacreditável!

Espero que vocês se divirtam tanto quanto eu!


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Tonight Is What It Means to Be Young - Ruas de fogo



A noite está apenas começando


Eu tive um sonho com um anjo na praia
E ondas perfeitas começaram a vir
Seu cabelo estava flutuando num arco-íris dourado
E seu toque tinha um poder paralisante

Eu tive um sonho com um anjo na floresta
Encantado no meio de um lago
De seu corpo saiam raios de luz
E a terra começou a tremer

Mas eu nao vejo nenhum anjo na cidade
Eu nao vejo nenhum coro santo cantando
E seu eu ainda nao posso ter um anjo
Eu ainda posso ter um homem
E um homem é a coisa mais proxima
A coisa mais próxima de um anjo
Um homem é a coisa mais próxima

Eu tive um sonho com um homem num castelo
E ele dançava como um gato na escada
Ele tinha o fogo de um príncipe em seus olhos
E soavam tambores em seus ouvidos

Eu tive um sonho com um homem numa estrela
Olhando para o mundo real
Ele está sozinho e sonhando com alguém como eu
Eu não sou um anjo, mas ao menos sou uma mulher

Eu tive um sonho que quando a escuridão acabar
Nós estaremos juntos em raios de sol
Mas isto é apenas um sonho e esta noite é a realidade
Nunca saberá o que significa,
Mas você saberá o que sinto
Quando estiver por acabar (acabar)
Antes que você saiba que começou
(antes que você saiba que começou)
Tudo é possível esta noite
Pare de chorar (esta noite)
Antes que você saiba, acabou (esta noite)
A noite está apenas começando
A noite está apenas começando

Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos
Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos

Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem (a noite está apenas começando)
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos (antes que você perceba acabou...)
Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem (a noite está apenas começando)
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos (antes que você perceba acabou...)

Disse uma prece na escuridão para que a magia comece
Não importa o que pareça
A noite está apenas começando
A noite está apenas começando
Antes que você perceba acabou,
A noite está apenas começando
Antes que você perceba acabou

Solo

Eu tive um sonho que quando a escuridão acabar
Nós estaremos juntos em raios de sol
Mas isto é apenas um sonho e esta noite é a realidade
Nunca saberá o que significa,
Mas você saberá o que sinto
Quando estiver por acabar (acabar)
Antes que você perceba acabou

E tudo é possivel esta noite
Pare de chorar (esta noite)
Antes que você perceba, acabou (esta noite)
A noite está apenas começando
A noite está apenas começando

Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos
Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos

Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem (a noite está apenas começando)
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos (antes que você perceba acabou...)
Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem (a noite está apenas começando)
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos (antes que você perceba acabou...)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Antes da Chuva Chegar - Guilherme Arantes


Antes da Chuva Chegar - Guilherme Arantes

Sinto agora que o vento
traz coisas de longe de casa libertando a voz
são lugares perdidos, imagens confusas de tempos
que não voltam mais
e pessoas com quem conviví, suas palavras, seus sonhos,
seus atos, seus modos de ver a vida
olhe o que o vento traz, antes da chuva chegar

Pela rua deserta e forrada
de folhas caídas que voam ao léu
corre o meu pensamento
no rastro das nuvens pesadas que habitam o céu

Vejo a casa na qual me criei,
vejo a escola, o jardim,
vejo a cara de cada um dos meus companheiros.
olhe o que o vento traz, antes da chuva chegar
olhe o que o vento traz, antes da chuva chegar

Alfabetizar



Com o fim da aprovação automática todos viram o que os educadores já sabiam há muito tempo: a maioria das crianças até o sexto ano não sabia ler!
Quando comecei a dar aulas em minha residência, pensei em lidar com matérias do currículo normal da língua portuguesa, entretanto a realidade era bem outra, pois as crianças não sabiam sequer ler, quanto mais as regras da língua.
Então, me vi diante de um dilema: Como ensinar essas crianças a ler?
Me deparei com o método disso, método daquilo e fiquei em dúvida qual seria mais eficiente.
A maioria dos educadores utiliza o método da “decoreba”, começam com a letra c, mostram algumas palavras com essa letra e passam para a próxima.
Nunca vi isso funcionar!
Não há lógica nesse método de ensino!
Como trabalhar palavras se uma criança não sabe o que é uma letra? Qual a diferença entre vogal e consoante?
Não posso dizer que inventei nada, mas posso afirmar que alfabetizei 100% das crianças que chegaram até mim.
A coisa é muito simples:
1º - Colégio não é brincadeira, eu não estou lá para brincar e nem a criança;
2º - Tudo tem a sua hora, estudo tem que ser levado a sério;
3º - A primeira coisa que as crianças tem que aprender é a diferença entre vogal e consoante, por isso, tem que conhecer o alfabeto, letra por letra;
4º - Eu não mudo a ordem do alfabeto, começo a juntar a consoante B com cada uma das vogais, formando “pedacinhos” e “apresentando algumas palavras que se iniciam com eles;
5º - Cada vez que ensino um pedacinho, faço cartões com eles, depois de ensinar uma série deles, passo a misturar para formar palavras;
6º - Depois de aprender a formar e ler pedacinhos que formam palavras fica mais fácil ensinar a ler frases ou até mesmo, pequenos textos.
Certo? Errado?
Não sei, mas não conheci criança que não aprendesse a ler dessa forma, pois há uma lógica na coisa.
Vamos analisar item por item:
1º - Não acredito que criança não deva ter responsabilidades, a responsabilidade da criança é estudar e do professor de ensinar. Se a criança achar que pode simplesmente brincar em todos os lugares, nunca irá adquirir responsabilidades na vida adulta. Acho as musiquinhas com letras muito bonitinhas, porém pouco eficientes.
2º - Criança não vai para escola porque gosta, mas tem que entender porque está indo. Criança que vai para escola e fica olhando para o professor com “cara de paisagem” ou fica conversando o tempo todo, deveria ficar em casa, pois atrapalha os demais.
3º - Criança tem que decorar o alfabeto, não palavras prontas. Cada criança tem que saber de cor cada letra do alfabeto, entender que as vogais é que dão “som” para as consoantes.
4º - Se fiz as crianças decorarem o alfabeto na ordem, mostrei a diferença entre vogais e consoantes, nada mais justo de começar a juntas as vogais com as consoantes na ordem.
5º - O método dos cartões é muito simples: cada vogal tem uma cor própria e cada letra também. A criança, primeiro memoriza o som que cada vogal dá com cada consoante.
Depois faço cartões com a cor da letra já formando os “pedacinhos”. Não dá para mudar de consoante antes de aprender completamente a anterior.Depois de memorizar o som que cada vogal forma com cada consoante fica fácil misturar “os pedacinhos” e ensinar como se formam palavras. As crianças aprendem como as palavras são formadas, vem um porque no que estão aprendendo.
6º - Crianças que lêem palavras conseguem ler frases ou textos, pois percebem que tudo é acrescentar e tudo tem sentido.
Difícil? Não! Basta ter boa vontade. Isso tudo é mais fácil e mais prático do que ficar empurrando palavras pela goela a baixo das crianças.
Elas decoram a forma como elas são escritas, aprendem a copiar e não aprendem a ler.
Criou-se uma legião de analfabetos funcionais que reconhecem palavras, alguns até aprendem a ler, mas não chegam a compreender o que escrevem o lêem.
Quando essas crianças crescem passam a ter verdadeiro horror de matérias como língua portuguesa ou história, pois não entendem o sentido das palavras.
Não é falta de vontade do professor e sim do sistema. O sistema obriga o professor a trabalhar dessa maneira.
Quem são os responsáveis pelo sistema? Os mais interessados no analfabetismo do povo.
Os mesmos que criaram a reprovação automática.
Sem educação o povo nunca terá condições de contestar nada.
Será que o nosso país consegue ficar pior?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Precisar X Necessitar


O ser humano tem mania de misturar as duas coisas: Precisar não é o mesmo que necessitar.
Necessitar = não conseguir viver sem;
Precisar = Querer muito uma coisa, mas poder viver sem ela.
Eu tinha uma professora de psicologia na faculdade que classificava as necessidades dos seres humanos em 5: comer, beber, urinar, defecar e fazer sexo.
Essas seriam as 5 coisas, segundo ela, mantêm o corpo e a mente saudável.
As quatro primeiras são necessidades basicamente corporais, sem as quais o ser humano morre, mas o incauto leitor pode dizer que ninguém morre se não satisfizer suas necessidades sexuais e é ai que o ser humano se engana.
Um ser humano adulto que, por algum motivo, não consiga satisfazer as suas necessidades sexuais acaba adoecendo, primeiro mentalmente, depois seu corpo adoece.
O sexo deve acontecer regularmente e não furtivamente, pois estimula a auto-estima, estimula o sistema nervoso e muscular, ajuda no fluxo sanguíneo e faz muito bem para a pele.
Alguns podem pensar que a professora que fez tal afirmativa fosse alguma “tarada” ou ninfomaníaca, mas, na verdade era uma senhora que já tinha passado muito o tempo de se aposentar e que até cochilava enquanto dava aulas. Isso sem contar os inúmeros problemas de saúde como diabetes, pressão alta,...
Não se sabe exatamente qual relação que existe entre a depressão e a falta de sexo, mas certamente o deprimido não o pratica com regularidade.
Dias desses estava conversando com uma amiga e ela me disse que o seu marido não a procurava fazia muito tempo. Depois de investigar todas as causas físicas, resolveram investigar as causas psicológicas.
Lógico que a essa altura a minha amiga já tinha pensado em todo tipo de causa real para o problema. Coisas do tipo: “meu marido tem uma amante”, “meu marido tem outra família”, “eu estou tão baranga que ele não sente mais desejo por mim”, “ele virou gay” e toda sorte de absurdos que uma mulher normal pensaria.
O fato é que depois de algumas sessões de análises e um monte de dinheiro entregue ao analista, chegou-se a conclusão de que o marido de minha amiga estava com DEPRESSÃO SEXUAL.
Eu juro que nunca tinha ouvido falar nessa modalidade de depressão.
Sempre ouvi dizer que depressão pode causar falta de apetite sexual, mas que tinha virado uma nova modalidade de depressão, isso para mim era novidade.
Como doença do século, muitos estão explorando e lucrando com a depressão e o deprimido.
A quantidade de livros de auto ajuda é realmente assustadora, mas como tratar a tal “depressão sexual”?
Cheguei a perguntar se o marido de minha amiga não estava fazendo terapia com alguma gostosa tarada, casada carente ou gay enrustido, mas a resposta era sempre: Não, não, não.
Tentando ajudar, disse a ela que comprasse uns livros de auto-ajuda para lermos juntas e encontrar uma maneira de lidar com a situação, afinal, nunca se sabe quem será a nova vítima da nova modalidade da doença.
Todos os livros falam basicamente as mesmas coisas, mas eu procurei me fixar em um em especial que estabelecia 7 metas para vencer a depressão e se tornar uma pessoa mais feliz.
Em linhas básicas era mais ou menos assim:
Meta 1:
Faça uma análise e consciente de tudo que te incomoda e te perturba. Se precisar olhe no espelho, converse com ele. Analise tudo que você considera que denigre a sua imagem. Não tenha vergonha de conversar com seu espelho.
Meta 2:
Procure exemplos de pessoas bem sucedidas, leia em revistas, jornais. Veja que eles demoraram anos para alcançar os seus objetivos, mas nunca desistiram. Note que a diferença entre vocês é apenas o entusiasmo.
Meta 3:
Encontre um objetivo, lute por ele não se importando com que as pessoas tenham a dizer, nunca desista. Não importa o tempo que tenha que perseverar, o que importa é a satisfação pessoal.
Meta 4:
Mesmo que os primeiros objetivos sejam difíceis de serem alcançados, você tem que acreditar que irá colher os louros do sucesso. Nunca deixe de acreditar em você. Nunca perca o entusiasmo e não deixe que o desânimo alheio te derrube.
Meta 5:
Não faça corpo mole, coloque mãos a obra, lembre-se que é o olho do dono que engorda o porco. Não tenha medo de se expor e trabalhe.
Meta 6:
Lembre-se que você é um ser único e especial e que, mesmo que a sua primeira tentativa não tenha dado certo, desanimar é sempre o pior caminho, é um retro cesso. Tente quantas vezes seja necessário.
Meta 7:
Se as suas metas foram alcançadas, nunca se esqueça das pessoas que te ajudaram na sua jornada, nunca subestime a menor das criaturas, divida a sua glória e conhecimento com todos. Lembre-se que ninguém chega sozinho a nenhum lugar.
Tentei fazer a minha adaptação para a situação e estabeleci as minhas metas adaptadas:
Meta 1(adaptada):
Faça uma análise e consciente de tudo que te incomoda e te perturba no seu piu-piu. Se precisar olhe e converse com ele. Analise tudo que você considera que denigre a sua imagem. Não tenha vergonha de conversar com seu piu-piu.
Meta 2 (adaptada):
Procure exemplos de piu-pius bem sucedidos, leia em revistas, jornais, veja filmes eróticos .Veja que eles demoraram para alcançar os seus objetivos, mas nunca desisteram. Note que a diferença entre vocês é apenas o entusiasmo.
Meta 3:
Encontre um objetivo, não importando o que as pessoas vão dizer, nem quanto tempo irá demorar, o importante é tentar, tentar, tentar teeeeeeeeeen...
Meta 4:
Mesmo que os primeiros objetivos sejam difíceis de serem alcançados, você tem que acreditar que irá colher os louros do sucesso. Nunca deixe de acreditar em seu piu-piu. Nunca perca o entusiasmo e não deixe que o desânimo alheio te derrube.
Meta 5:
Não faça corpo mole, você tem que colocar as mãos na massa e trabalhar duro. Não ache que o seu piu-piu pode fazer tudo sozinho, você tem que ajudar.
Meta 6:
Lembre-se que ele é um ser único e especial e que, mesmo que a sua primeira tentativa não tenha dado certo, desanimar é sempre o pior caminho, é um retrocesso. Tente quantas vezes seja necessário.
Meta 7:
Se as suas metas foram alcançadas, nunca se esqueça das pessoas que te ajudaram na sua jornada, nunca subestime a menor das criaturas, divida a sua glória e conhecimento com todos. Lembre-se que ninguém chega sozinho a nenhum lugar.
Depois de ler friamente a minha releitura das minhas “regrinhas” optei por abafar o caso e deixar o dito pelo não dito, pois o paciente poderia morrer da cura.
Melhor mesmo é rezar para que nossos maridos e namorados não sofram do mesmo mal.